Perseguição Legalizada: China Usa Nova Lei para Prender 30 Cristãos e Intensificar o Controle Sobre a Fé

Introdução e Fato Principal

A liberdade religiosa na China enfrenta um dos seus períodos mais sombrios. O Partido Comunista Chinês (PCC) deu um passo drástico na intensificação da perseguição aos cristãos, não apenas mirando igrejas não registradas, mas também apertando o cerco sobre os locais de culto autorizados pelo Estado. Em um sinal alarmante dessa escalada, cerca de 30 cristãos foram recentemente detidos sob as novas diretrizes que visam criminalizar atividades de fé que não se submetam integralmente ao regime. O aumento da repressão está alicerçado na revisão da Lei de Segurança Pública, fornecendo ao governo uma base legal para justificar a vigilância e a prisão de fiéis em nome da “segurança nacional”.

As Táticas de Controle e Sinicização

Essa nova fase da perseguição se destaca pelo uso de tecnologia e por uma doutrina de controle ideológico. Igrejas de todas as esferas estão sendo equipadas com câmeras de segurança e sistemas de reconhecimento facial, permitindo que as autoridades monitorem sermões, a lista de membros e a frequência dos cultos em tempo real. Essa tática faz parte da política de “sinicização” do PCC, que exige que todas as religiões se alinhem estritamente à ideologia do Partido e aos valores socialistas, eliminando qualquer influência considerada “estrangeira” ou desestabilizadora, como o cristianismo.

Foco nos Detalhes da Nova Lei

O principal instrumento dessa escalada repressiva é a revisão da Lei de Segurança Pública, que está em vias de entrar em vigor e visa preencher lacunas legais para punir o que o Estado chama de “uso indevido da religião”. A nova legislação amplia as ferramentas de vigilância e repressão, permitindo que as autoridades imponham penalidades mais severas e justifiquem a intervenção em atividades religiosas sob o pretexto de combater o “extremismo” e ameaças à segurança nacional. Na prática, a lei criminaliza reuniões e cultos não autorizados, o evangelismo online sem permissão estatal e reforça a proibição de líderes religiosos pregarem livremente pela internet, consolidando o controle estatal sobre todos os aspectos da vida de fé na China.

Objetivo

A consequência direta é o profundo clima de medo e o esmagamento da autonomia religiosa. Crianças e jovens são explicitamente proibidos de frequentar serviços religiosos, e qualquer material de cunho evangelístico é prontamente censurado ou removido do espaço virtual. Ao deter dezenas de fiéis e impor uma vigilância tão invasiva, o governo chinês envia uma mensagem clara: o objetivo final é o controle absoluto sobre a consciência e a lealdade de seus cidadãos, vendo a fé independente como uma ameaça direta à autoridade monolítica do Partido Comunista.

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