Um dos diretores da MAIS estava a caminho do Nepal, logo após o terremoto de 2015. Um dos haitianos, discipulado por nossos missionários na base em Porto-Príncipe, disse com a humildade tão característica em seu coração: “Você sabe que eu sou mais útil lá do que você, né? Eu sei o que é um terremoto, eu sei o que é passar por isso”. O diretor assentiu com a cabeça: “Deixe-me apenas realizar o diagnóstico. Quando soubermos melhor a situação, você vai”. E foi assim que Remy tornou-se o nosso primeiro missionário haitiano no Nepal.

Depois de um pouco mais ano, ele retorna ao Haiti. Os projetos da MAIS continuam no Nepal, em uma base liderada por um pastor da igreja local na região, com projetos de microcrédito realizados em aldeias afastadas da capital, Kathmandu, diagnóstico na qual Remy também participou. Assim, ele deixa como legado o que recebeu em 2010, no Haiti.

“A afirmação de Jesus a Pedro em Mateus 16 — ‘porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus’ — me leva a pensar sobre quem realmente eu sou”, conta Remy. “Talvez, quando Pedro terminou de fazer tal declaração, ‘Tu és o Cristo’, ele poderia ter pensado que era mais esperto do que os outros, talvez com o orgulho crescendo no seu coração. Mas Jesus faz questão de esclarecer, dizendo: ‘não foi carne e sangue’ — ‘não é nenhum de seus esforços’ — que lhe permitiu ser o meu testemunho diante dos homens. Essa é apenas uma graça de Deus, meu Pai que está nos céus”, complementa.

Louvamos a Deus pela vida do Remy e seu coração que tanto nos ensina. O discipulado no Haiti certamente mudou também a nossa vida e o nosso coração. Continue orando pelos missionários que retornam, pelo pastor nepalês que fica e pelos nossos irmãos naquele país.

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