Muitas vezes, ao ajudar alguém, pensamos que nós temos algo a oferecer e essa pessoa simplesmente a receber. Em nosso inconsciente, podemos nos relacionar com ela com ar de superioridade, em uma relação que é unilateral. Mas a verdade é que nós não conseguimos ver nós mesmos e o outro através das lentes de Deus. Nossa identidade e nossos relacionamentos foram desfigurados com a Queda.
A pobreza é entendida pelo senso comum como a “falta de” algo, sendo o complemento da frase sempre material, e a maneira como a definimos é extremamente importante porque determina a forma como vamos aliviá-la. Se a definimos como material, só é possível aliviá-la provendo aquilo que supre a falta. “Porém, a nossa proposta para o entendimento de pobreza vai além da ausência de bens materiais. Nós a entendemos como um problema de natureza relacional. Em poucas palavras, como uma série se relacionamentos que não funcionam como deveriam funcionar”, explica o coordenador do setor de projetos da MAIS, Felipe Maciel.
Nós acreditamos que a melhor maneira de resolver um problema de ordem relacional é promover a reconciliação dos relacionamentos fundamentais. Pessoas sozinhas e isoladas não se desenvolvem e a melhor maneira de fazer com que alguém, rico ou pobre materialmente, melhore suas condições de vida é reconciliar os seus relacionamentos com o Criador, consigo mesma, com os outros e com a criação. Não compreendemos o alívio da pobreza como uma relação onde alguém superior (rico) socorre alguém que é inferior (pobre), mas sim como uma caminhada em que ricos e pobres se reconhecem como pessoas que vivem em situação de pobreza, pois seus relacionamentos fundamentais estão quebrados e ambos precisam de Cristo para curá-las.
A MAIS está no Nepal, desde 2015, quando aconteceu o terremoto que abalou o país. Realizamos o socorro emergencial pós-catástrofe e enviamos uma equipe de missionários para trabalhar com os nativos na reconstrução, reabilitação e desenvolvimento do país. Desde então, trabalhamos junto a pastores locais de maneira a gerar desenvolvimento tanto pessoal como comunitário, por meio de ações positivas de empoderamento financeiro. Ao mesmo tempo, nos preocupamos com a valorização do potencial intrínseco dos nativos, lembrando-os sempre de que a solução para os problemas da comunidade passa por eles e pelos dons que Deus colocou sob a responsabilidade deles.
Ore conosco pela restauração da identidade dos nepalis e por sabedoria aos missionários e líderes locais em seus projetos. Você pode fazer parte desse projeto clicando aqui e tornando-se parceiro da MAIS.
Deus nos ajude, amém.