A igreja perseguida é uma realidade. Ela acontece em diferentes partes do mundo, por diversos motivos diferentes. Somos um Corpo, uma Igreja, mas com histórias e históricos diferentes. A igreja da Ásia Central, por exemplo, sofre com a história de um governo repressor e por ser um local estratégico para acesso aos países do Oriente Médio, seja de interesse norte-americano ou da Rússia.
Nossos missionários na região explicam um pouco melhor esse contexto e como têm procurado fazer parte da história que Deus tem contado com os cristãos dali há tanto tempo.
“A igreja na Ásia Central experimentou um crescimento impressionante com a queda da União Soviética, no início da década de 90. As pessoas estavam sedentas por liberdade, por novidade de vida e por experimentar um pouco do ‘cristianismo ocidental’. Assim, bastou às igrejas abrir suas portas para que as pessoas entrassem em busca de liberdade: queriam conhecer a Bíblia, queriam experimentar do Evangelho.
Porém, esse crescimento, nessas circunstâncias, trouxe um problema: com o tempo, a sensação de novidade passou. Assim, aquele crescimento não somente estagnou, como o fluxo de pessoas diminuiu. A igreja não estava preparada para lidar com isso. Os pastores e líderes da Ásia Central não foram ensinados a ir e levar Cristo às pessoas (as pessoas os procuravam) ou sobre a importância do papel da Igreja na sociedade (cuidar dos desamparados, por exemplo, era função do governo comunista). Em outras palavras, a igreja estava se perdendo e não sabia como se encontrar. Mas Deus não se perde, e nada se perde do controle dele.
Na época da queda da União Soviética, em um país da Ásia Central, o ABI (Almaty Bible Institute) foi formado. A visão era de equipar a jovem igreja da região para melhor atender à demanda causada pelo fim do comunismo ali: um seminário com uma visão de longo termo, com foco em reduzir os problemas que a falta de preparo traria.
Hoje, 25 anos depois, mais de 650 estudantes já passaram pelo ABI, o Instituto Bíblico Almaty, que oferece cursos desde liderança pastoral e ministério para juventude até ministérios específicos com crianças e aconselhamento matrimonial. Os estudantes vêm dos 5 países da Ásia Central e frequentam os cursos em 4 módulos por ano. Cada módulo dura 2 semanas. ’Deus seja louvado por esse lugar. Sempre é um risco grande vir para cá. A polícia secreta está sempre buscando formas de nos acusar e atrapalhar o ministério, mas sempre que saímos daqui, o fazemos não somente mais capacitados, mas mais motivados pra permanecer no ministério’, conta o Pastor N., do Tajiquistão.”
Além de nossos missionário estarem atuando como ponte entre a MAIS e pastores e alunos de países mais fechados para o Evangelho, eles também têm caminhado em parceria a ABI e, no próximo semestre, vão ministrar alguns dos módulos no seminário.
Deus tem aberto portas e mostrado possibilidades para alcançar e apoiar a igreja em toda a região. As oportunidades têm aumentado, o trabalho tem aumentado e o nome do Senhor vai sendo espalhado.
Continue orando conosco pela igreja da Ásia Central e pela ABI, para que seus pastores e líderes se fortaleçam no Espírito de Deus e que Cristo seja revelado. Ore pelos cristãos que permanecem firmes e pela vida de nossos missionários.
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