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Participar do Converge foi muito importante para o meu crescimento, reconhecimento da minha vocação e para ter uma nova visão sobre a minha profissão e como usá-la a favor do Reino. Acho que posso caracterizá-lo como um divisor de águas, como o ápice de algo que Deus já vinha trabalhando em meu coração.

Nesses dois dias, pude estar mais próxima dos missionários da MAIS e aprender mais sobre esse trabalho. Todos somos chamados para ser missionários a partir da nossa conversão. Mas cada um de nós tem um chamado específico, uma vocação, o que tira o meu sono pode não ser a mesma coisa que tira o seu.

Ouvir de um missionário que vive em outro país sobre a dificuldade que os cristãos enfrentam lá para se reunir para louvar a Deus, mexeu muito comigo, já de cara. Nós aqui no Brasil, muitas vezes, nem imaginamos o tamanho da dificuldade de servir, adorar a Deus em lugares onde os cristãos não podem nem se declarar cristãos. Às vezes achamos que essa é uma realidade tão distante que não nos damos conta por completo que o irmão que sofre perseguição faz parte do mesmo corpo que a gente. A partir disso, nos tornamos céticos em relação a outros cristãos.

Há algum tempo, Deus vem colocando em meu coração sobre trabalhar com missões, mas qual seria o meu papel dentro de missões além de proclamar o nome do Senhor? A partir das oficinas que assisti durante a programação do Converge pude relacionar mais a minha profissão com a realidade da Igreja Sofredora. Sabemos que aqui tudo é mais fácil e por mais que no Brasil a gente tenha plena liberdade de falar sobre Cristo, os cristãos têm usado seus recursos de maneira errada, sendo que na maioria das vezes acaba ferindo a imagem da Igreja como um todo.

Muito se fala sobre resiliência, pouco se explica e se vive em relação a isso. Precisamos ser resilientes, precisamos vencer nossos obstáculos para que nos tornemos pessoas mais preocupadas em cuidar de outras pessoas, precisamos tomar atitudes mesmo com medo, mas na certeza de que Deus nos capacitará para o serviço. E, mesmo que sejamos pressionados aqui ou lá a negar a nossa fé, estejamos prontos a não ceder à pressão.

 

*Cinthia Connor é jornalista e membro da Igreja Presbiteriana de Curitiba.

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