Não se sabe ao certo quantas mulheres sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram continuam em cativeiro na Nigéria. Mas Mercy Ishaya foi uma destas mulheres, uma entre três que conseguiram fugir de uma casa em Gulak e tiveram suas histórias contadas pela Aljazeera America (veja a matéria)

Ao chegar à casa, Ishaya encontrou 20 mulheres mais velhas e muitas outras meninas e jovens. “Ela disse que algumas pareciam aterrorizadas, enquanto outras estavam abatidas, como se estivessem resignadas à nova vida em cativeiro. Elas usavam hijabs (peça do vestuário feminino muçulmano) e a maioria tinha sido forçada a renunciar à fé cristã e se converter ao Islã”.  Ela perguntou a uma delas como era a vida naquele lugar, e ouviu como resposta “somos alimentadas”.

Logo nos primeiros dias presa, Ishaya presenciou uma tática de intimidação do grupo, que consiste em levar homens para dentro da casa e executá-los na frente das prisioneiras. Neste momento ela percebeu que precisava fugir. Aproveitou enquanto todo mundo estava de joelhos para a oração da noite e foi até o banheiro, onde escapou por uma janela. Ela subiu pela cerca de arame farpado e saiu correndo em direção às montanhas, onde encontrou o filho, Wisdom. Eles andaram por muitos dias até chegarem à cidade de Yola, onde estão com familiares.

 

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  1. ademir

    quando Deus age, as prisões não podem com seus ferrolhos.

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