A crise migratória e os recentes atentados em Beirute e em Paris têm gerado um amplo debate sobre o acolhimento a refugiados nos Estados Unidos, que havia anunciado em setembro a decisão de receber, no próximo ano, 10 mil pessoas que fogem de conflitos em seus países de origem. Por considerarmos a reflexão aplicável à nossa realidade enquanto igreja brasileira, compartilharmos parte do texto extraído do site Desiring God abaixo.

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Por David Crabb

 Enquanto visitava a seção infantil de nossa biblioteca municipal na semana passada, minha esposa, Stephanie, encontrou uma mulher do norte da África, chamada Fatimah. Fatimah é de personalidade sociável, por isso elas engrenaram rapidamente em uma conversa, enquanto nossas duas filhas liam com o filho de Fatimah, Mohammed.

Quando Fatimah era uma menina, seu país sofreu uma guerra civil brutal que se arrastou por cerca de duas décadas e tirou meio milhão de vidas. Como resultado, sua família fugiu de sua casa e país e veio para os Estados Unidos. Fatimah é uma refugiada.

Para a maioria das pessoas naquela biblioteca aquela manhã, Stephanie e Fatimah não poderiam parecer mais diferentes. Elas tinham criações radicalmente diferentes, falavam línguas diferentes e vestiam e agiam diferentemente. Stephanie é uma cristã evangélica. Fatimah é muçulmana sunita.

E, no entanto, porque elas compartilham uma humanidade em comum, elas são muito semelhantes. Elas riam enquanto conversavam sobre levantar crianças que estão aprendendo a andar, histórias de gravidez, e trocaram dicas sobre seus parques e restaurantes favoritos. Perto do final da conversa, Fatimah compartilhou que estava sozinha a maior parte dos dias. Stephanie a convidou para almoçar e trocaram informações de contato uma com a outra.

E assim, por causa de uma guerra civil sangrenta e sem sentido, uma muçulmana de uma vila remota no norte da África encontrou-se fazendo amizade com uma cristã. Por todas as contas, a vida dela parece uma tragédia. Ela é certamente uma vítima de um mal maior. Mas o que é igualmente claro, para aqueles com olhos para ver, é que Deus está fazendo alguma coisa.

Milhares de razões

A Síria tem mais de 20 milhões de muçulmanos em 18 grupos não alcançados (pelo Evangelho). Missionários cristãos têm investido anos orando, criando estratégias e arriscando tudo para ir até estes povos. Agora, Deus está trazendo eles até aqui. Depois de levantar dezenas de milhares de dólares, receber extensa formação, deixar tudo que lhes é familiar, e passar pelo exaustivo processo de aprender uma língua estrangeira – apenas assim, um missionário poderia experimentar uma ruptura e ter o tipo de conversa que Stephanie e Fatimah acabaram de ter casualmente em nossa biblioteca municipal em Minneapolis.

Você vê a enorme possibilidade que temos aqui? Nós gastamos anos concebendo e orando para enviar missionários a alguns dos lugares mais difíceis do mundo. Agora, quatro milhões de pessoas feridas de pelo menos 18 grupos não alcançados estão vindo para o ocidente. “É seguro?” soa como uma pergunta que um governo faria. E ele deveria fazê-lo; um governo deveria procurar proteger seu povo. Mas cristãos perguntam, “o que Deus está fazendo”?

Então, como cristãos, podemos discordar sobre o que é melhor para a América fazer nesta situação. Mas como cristãos reconhecemos também que isso não é, em última análise, tão importante como a oportunidade representada pelo evangelho na crise migratória.

Para ler o texto original na íntegra na página Desiring God, clique aqui.

Este post tem 2 comentários

  1. Patricia

    Eu posso ser professora voluntária na Cidade do Refúgio,É só me chamar que vou !

    1. Patricia

      Estou apaixonada pelo projeto, e como solteira, creio que é a oportunidade que eu estava esperando para servir e ser útil de verdade ! Já mandei email pra vcs,ok?
      Deus abençoe!

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