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Me chamo Rahima (nome fictício por questões de segurança) e sou uma refugiada acolhida pela Missão MAIS.
Minha experiência de vida fala sobre a luta feminina por voz e direitos no Afeganistão.
A mulher afegã é forte!

Somos pai e mãe ao mesmo tempo, sofremos com o machismo e com a violência doméstica.
O homem afegão tem poder e direito de escolha, a mulher tem “casamento arranjado” com membros de seu próprio clã.

Por conta disso, muitos bebês acabam nascendo com deficiência. Isso acontece devido ao grau de parentesco.
É comum que meninas entre 10 e 16 anos sejam entregues a homens já maduros.
Essa realidade é ainda pior no governo Talibã. Ser mulher é sofrer descriminação diariamente. Atualmente, cerca de 3 mil policiais femininas lutam contra esse regime.

O Talibã difunde a ideia de que “sem véu ou burca, as mulheres são como chocolates fora da caixa, ajuntam abelhas”. Esse discurso nos reprime e imputa em nós a culpa por qualquer tipo de abuso sofrido.
Fui ensinada que minhas roupas só deviam mostrar meu rosto, sem muita maquiagem.
Em muitas províncias do Afeganistão, essa é a triste realidade das mulheres hoje em dia.
Hoje em liberdade, quero estudar, me capacitar, ganhar meu lugar de fala e ser a voz das mulheres que sofrem nesse tipo de contexto.
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📸A Páscoa Invisível é um collab de foto-jornalismo com o @flninvisivel e a @fhopbr pra criar consciência sobre uma das maiores tragédias sociais que é a crise migratória oriunda da perseguição religiosa.

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