Servir aos nossos irmãos em situações vulneráveis tem nos ensinado muito sobre o verdadeiro sentido de amar ao próximo e sermos irmãos em Cristo. Através do Renovare (Programa de refugiados da MAIS), temos tido o privilégio de conhecer outros cristãos, de criar laços, olhar em seus olhos e ouvir as histórias que o Grande Autor tem escrito em suas vidas.
Servimos aos que sofrem e temos a oportunidade de acompanhar o trabalho de outras organizações e instituições que lutam ou reforçam a relevância dessas pessoas, frágeis por sofrer algum tipo de perseguição ou por contextos que fogem do seu controle.
Fomos até o Museu do Holocausto, em Curitiba (PR), e saímos de lá impactados. Nos deparamos com uma realidade não muito distante da Igreja Sofredora e na ocasião, o casal de cristãos do Norte da África que estão na fase de acolhimento na MAIS, puderam conhecer histórias semelhantes às suas e ver que é possível recomeçar.
Igor Louback, coordenador do Renovare, comentou sobre a importância do contato do casal com as histórias contadas no museu. “É importante eles olharem para as histórias que são contadas ali, terem um olhar de esperança e um gás para caminhar e se inspirar em pessoas que venceram momentos tão difíceis, assim como o momento que vivemos hoje que é o da migração forçada de muitas pessoas ao redor do mundo”.
Recomeçar exige coragem e, sobretudo, fé. “A proposta de apresentar o holocausto de um ponto de vista diferente nos chamou atenção. Ele não foca nos números ou nos horrores da guerra. Ele foca e valoriza a história daquelas pessoas que sobreviveram, reconstruíram suas vidas, lutaram e venceram. E muitos estão vivos até hoje para continuar contando essas histórias pra gente”, contou Igor.
Para Carlos Reiss, diretor do Museu do Holocausto, é importante entendermos a necessidade de acolher essas pessoas com uma mão mais acolhedora. “Depende muito deles, mas também de nós. Somos todos responsáveis por isso. Eu tenho certeza que a reconstrução e a readaptação dessas pessoas em qualquer lugar do mundo depende muito da acolhida que elas vão receber da sociedade”.
Carlos ainda comentou que essa recepção ajudou os sobreviventes do holocausto que chegaram no Brasil nos anos 40/50 e puderam encontrar uma possibilidade de recomeçar, diferente de como acontece em muitos lugares do mundo. “Eu tenho certeza que com apoio e suporte, o Brasil consegue receber um número grande de pessoas que também podem dar uma contribuição muito grande para o país”.
Apesar das pessoas não entrelaçarem os acontecimentos, eles são muito semelhantes. “Pessoas inocentes são retiradas à força de suas casas ou são mortas por uma guerra que não são delas e por uma ganância que não faz parte da vida delas. E essas pessoas que conseguem salvar suas vidas, apesar de perderem tudo, encontram em outros países a oportunidade de reconstruir sua vida”, explica Igor.
Que nunca nos falte esperança para recomeçar. Ore conosco por nossos irmãos em busca de refúgio e por mais portas abertas em nosso país. Clique aqui para conhecer o nosso Programa de Refugiados e faça parte dessa história, se tornando um parceiro da MAIS.