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Neste mês das mães queremos trazer relatos de mães missionárias que nos inspiram. Esperamos que através dos testemunhos delas você possa ser edificado(a).

A missionária Franciele é  esposa e mãe de dois filhos adolescentes. Serve na Base da MAIS, nas áreas de Mobilização e Logística, ela e sua família, então integral na missão a 10 anos.

 Ser mãe em uma base missionária, é uma alegria imensa e, ao mesmo tempo, desafiadora. Nesse processo eu procuro ver Deus no nosso dia a dia, nos detalhes. Quando vejo meus filhos conversando com algumas crianças refugiadas, jogando bola, ajudando na sala de aula ou simplesmente abraçando alguém em uma fila de almoço, isso enche completamente meu coração e sinto em Deus que estamos no lugar certo.

Me alegro de criar meus filhos na missão, pois, vejo meus filhos tendo várias experiências com pastores, missionários e irmãos perseguidos. Podendo cuidar, brincar e ajudar vários deles, acredito que fora daqui eles jamais teriam essa vivência. 

Claro, que na missão também como mães encontramos algumas dificuldades. Além das dificuldades comuns de qualquer criança e adolescentes, muitas vezes o Maia (pai e marido) precisa viajar e fica ausente por alguns dias e às vezes até semanas isso é muito difícil para todos nós. Temos que conviver com despedidas e aprender lidar com a saudade e a distância de nossos familiares e muitos amigos é realmente desafiador.

Também tem a dificuldade que todos os missionários vivenciam de não saber exatamente qual será o sustento do mês, mas sabemos que Deus sempre surpreende em todos os detalhes.

Ao longo da nossa caminhada em missões somos impactados por histórias e pedidos de oração de irmãos da igreja sofredora chegam até nós. A mais recente foi da irmã E., esposa de um pastor que faz parte da equipe da MAIS. Foi presa por quase 1 mês deixando seus filhos e marido, foi simplesmente uma espera agoniante, com os policiais falando que iriam solta-la, mas isso não aconteceu, tivemos notícias que ela estava dormindo no chão, com pouca comida e sem medicamentos, foi horrível. Depois de muita negociação ela foi solta para honra e glória de Deus. Essa mãe poderia ter sido eu.

Como missionária, servir a igreja sofredora e principalmente as mulheres é uma honra e também um grande choque. Tenho o prazer de servir nossas irmãs, poder ajudá-las a ter um futuro melhor com suas famílias. Saber que agora elas estão em segurança e que poderão ver seus filhos crescerem, estudarem, se alimentarem de forma digna. Principalmente que agora elas terão liberdade de criar os filhos firmados na fé em Cristo tendo acesso livre à bíblia e a uma igreja, isso, sim, faz tudo valer a pena.

Realmente é um privilégio para mim e para minha família. Amamos missões e amamos nossos irmãos perseguidos.

Dedique esse mês para orar pelas mães que estão no campo missionário. Sua oração é um PRESENTE de fortalecimento e encorajamento a essas mães, que com a graça de Deus se desdobram para servir a família e o ministério.

PORQUE NÃO SÃO ELAS, SOMOS NÓS!

 

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