Mais de 7.500 mortos, 14 mil feridos, meio milhão de desabrigados e cerca de oito milhões de pessoas atingidas pelo terremoto de magnitude 7.8, que atingiu o Nepal no último dia 25 de Abril.  Ativistas no país chamam a atenção para o fato de que os números assustadores da tragédia funcionam como atrativo para as redes criminosas de tráfico humano, que se aproveitam da fragilidade e do caos para levar meninas e adolescentes para uma realidade ainda pior que aquela que elas enfrentam após a catástrofe.

De acordo com reportagem do jornal O Guardian, traficantes de pessoas se disfarçam de equipes de resgate para alcançar comunidades rurais pobres no país, de onde, anualmente, estima-se que 15 mil meninas são levadas por ano. Dezenas de milhares de mulheres jovens de regiões devastadas pelo terremoto são alvo destes criminosos, que as encaminham para uma rede de bordéis em todo o sul da Ásia.

Com apenas 20 anos, Sita é uma das mulheres nesta triste estatística. Ela foi levada de sua aldeia em Sindhupalchok para a cidade indiana de Siliguri, onde foi vendida para um bordel. Um tio convenceu seus pais, agricultores de subsistência, de que ela teria fora um bom trabalho e poderia enviar dinheiro para eles. Mas no bordel para onde foi vendida, a jovem era forçada a ter relações sexuais sem proteção com 20 a 30 homens por dia, sete dias por semana durante um ano. Quando o local foi invadido pela polícia, Sita foi encaminhada para uma organização de ajuda humanitária.

Precisamos levantar nossas vozes em oração e clamar por libertação e restauração para estas meninas. Podemos levar esperança e desenvolvimento às famílias para que não seja mais preciso entregar suas filhas a estranhos a fim de terem o que comer. Socorra o Nepal hoje mesmo, faça parte dessa jornada conosco.

Fonte: The Guardian

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