Existem várias razões pelas quais não pensamos ou falamos sobre a Igreja Sofredora, aquela que, diferente da nossa, a igreja livre e estável, enfrenta dificuldade para professar a sua fé. Diante disso, convidamos você a ponderar conosco sobre duas questões que têm nos distanciado dessa realidade. Seja por influência da mídia ou pela falta de entendimento teológico, uma coisa é certa: não temos nos envolvido, importado ou pensando suficientemente a respeito dessa realidade. Não tanto como poderíamos.

Com a influência da mídia, temos visto alguns casos isolados de cristãos que são perseguidos e por vezes mortos por professarem sua fé. Diariamente, temos relatos de pessoas que buscam por refúgio em alguma dessas situações. Porém, na maioria das vezes, só lembramos disso quando ouvimos ou lemos algo, esquecendo que a igreja sofredora enfrenta desafios diariamente.

É nesse sentido que temos clamado por uma igreja triunfante: para que sejamos uma única igreja, é necessário que haja uma mudança, que começa em cada um de nós. Milhares de cristãos são perseguidos — homens, mulheres, jovens e crianças –, que passam por situações desesperadoras, mas necessitam de esperança. E esse é o ponto: precisamos ser resposta para estes irmãos que tanto precisam de cada um de nós, e precisamos fazer isso diariamente. Por isso, se envolver em oração pela igreja sofredora é uma das principais maneiras de caminhar junto a esses irmãos

Precisamos nos envolver de modo que a nossa preocupação não seja leve e momentânea, mas pensada a longo prazo. Ter pouco acesso ao que acontece no dia a dia da igreja sofredora torna-se um fato determinante para não pensarmos, falarmos e até mesmo agirmos de forma eficaz para que esse sofrimento seja amenizado “Influenciada por essas lentes, a igreja ocidental vê refugiados, mas não vê cristãos perseguidos”, comenta o pastor Mário Freitas.

Além das notícias que chegam de tempos em tempos, outra questão que pede nossa atenção é a visão teológica. “O credo apostólico, celebrado por protestantes em todo o mundo, afirma: ‘Creio na Santa Igreja Católica Universal, não se referindo à instituição romana, mas ao elemento transcultural, transnacional e atemporal da Igreja’”, explica Mário.

Estamos nos referindo à teologia da igreja visível e invisível, tornando-se uma única igreja debaixo do mesmo Senhor. Para Mário Freitas, é necessário que cada um de nós entenda a relevância disso. “Se meu pastor fosse preso e torturado no Brasil, por conta de sua fé, isso me levaria às lágrimas e joelhos. Pois se a Igreja é universal, o pastor paquistanês que passa por isso é meu pastor, mesmo que eu não o conheça. Isso deveria me desesperar”.

Entendemos que por sermos um só corpo, devemos nos unir a estes nossos irmãos. Louvamos a Deus pelos recursos e corações dispostos a serem respostas frente à igreja sofredora nesse tempo. Contudo, ainda temos muito a fazer, mas cremos que toda semente hoje plantada, um dia frutificará, à medida que nos envolvermos com o sofrimento da igreja, onde quer que ela esteja. Entenda, caminhe e ore conosco.

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Este post tem um comentário

  1. Elizabeth

    Precisamos mesmo entender mais sobre os acontecimentos da igreja sofredora e também despertarmos para oração, temos que divulgar mais , falar nas igrejas neste assunto,

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