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No início do mês, nosso missionário no Oriente Médio visitou três dos 52 campos de refugiados estabelecidos no norte do Iraque. Milhares de pessoas, entre cristãos, yazidis e muçulmanos, buscaram abrigo nestes lugares quando deixaram suas casas, temendo a aproximação do Estado Islâmico. Em nossa primeira matéria contamos a história do pastor Diler, que encontramos trabalhando em um campo de refugiados no Iraque. Hoje vamos conhecer outro testemunho que inspira nossa fé com seu exemplo de perseverança.

Douglas Bazi é um clérigo ortodoxo que conduzia uma igreja em Bagdá, capital iraquiana, quando começaram os conflitos no país em 2003, com a queda da ditadura de Saddam Hussein. Ele sofreu várias ameaças de morte por uma milícia xiita, que se concretizaram com um sequestro. Bazi ficou vários dias em cativeiro e foi torturado diariamente para negar sua fé – o que não fez. Algumas famílias se uniram e pagaram seu resgate, o que permitiu com que ele voltasse às atividades na igreja. Mas os militantes ainda tentaram matá-lo outras duas vezes, sendo que na segunda tentativa ele levou um tiro de fuzil na coxa direita.

Ele continuou seus trabalhos em Bagdá, até ser transferido para Erbil, onde sofreu durante algumas ondas de perseguição na região – sete, segundo o clérigo. Mas Douglas é enfático ao afirmar que esta é a pior de todas. “Hoje estamos vivendo a Sexta-feira da Paixão, mas crentes de que o Domingo da Ressurreição está por chegar”, disse. A Igreja Caldeia Mar Elia, que dirige, atende 142 famílias no campo de refugiados onde o encontramos. Bazi resume sua experiência com uma frase: “Neste mundo temos que apenas seguir os passos de Jesus. E como cristãos não somos chamados a fazer isto apenas nos dias bons. Jesus disse que teríamos dias maus. Então, que eles venham, pois se sigo a Jesus estarei sempre preparado”, completou.

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