Nossos missionários baseados no Oriente Médio tiveram um mês de abril ainda mais atípico do que o normal e voltaram com grandes histórias do que viram e viveram.

Durante esse mês, eles tiveram a oportunidade de visitar a China. Esse não é o primeiro contato deles com irmãos desse país e, nos primeiros dias, puderam participar e ministrar na conferência da Missão Nexus, organização chinesa e parceira em seus ministérios. O tema, “Dando as mãos para cumprir a Grande Comissão”, foi bem propício considerando o que têm vivido. “Fomos tremendamente abençoados ao ouvir os testemunhos dos missionários chineses que estão espalhados em muitos países fechados ao evangelho e, ao mesmo tempo, pudemos desafiar a mais de 100 líderes locais a se envolverem com a causa da Igreja Sofredora e dos refugiados no Oriente Médio. Nunca nos esqueceremos deste tempo precioso!”, contam com alegria nossos missionários.

Além disso, puderam também participar de alguns cultos, inclusive de igrejas clandestinas. Em uma delas, nossos irmãos chineses foram tocados pelas histórias do Oriente Médio, e tivemos o privilégio de ver a ação de Deus na igreja chinesa: que Ele tem incentivado-a a orar, contribuir e enviar pessoas para outras nações. “É apenas o início. Boa parte dos cristãos chineses nem sequer sabiam da possibilidade de se envolver com missões transculturais. Entretanto, o tempo chegou! Que alegria fazer parte disto!”, nos relatam em louvor nossos missionários.

A realidade da Igreja em regimes autoritários é bem diferente do que estamos acostumados a ouvir. A Igreja das Três Autonomias, por exemplo, é a igreja protestante criada pelo próprio regime militar chinês, como uma tentativa de dizer que há liberdade religiosa e ao mesmo tempo tentar controlar o Corpo de Cristo. Porém, sabemos que é dEle o querer e o fazer, por isso, muitos pastores dessa denominação oficial da China têm sido tocados e transformados, desafiando o sistema com projetos e ministérios relevantes.

Exemplo disso é o pequeno vilarejo que nossos missionários encontraram na região mais ao norte do país, onde igrejas têm trabalhado secretamente recebendo refugiados da Coreia do Norte (país nº1 no ranking de perseguição religiosa). Eles atravessam a fronteira fugindo de um regime ainda mais fechado que o da China, já que o rumor é que há casas na China com uma cruz na porta ou no telhado acolhendo refugiados.

Ali, eles conheceram uma dessas histórias, da pastora chinesa que teve seu marido preso, por abrigarem crianças norte-coreanas, que chegavam desesperadas e famintas. A pastora continuou ajudando-os, mesmo com o marido na prisão. Ele, com seu coração bondoso, já mantinha esse projeto, mas ainda não havia entregue sua vida a Cristo. “Por causa de sua experiência na prisão, ele entregou a vida para Cristo e hoje serve juntamente com a esposa na igreja. Deus é perfeito em seu agir”, contam com gratidão nossos missionários.

Essas são apenas algumas amostras do mover de Deus no mundo e na China. A Igreja de Cristo permanece firme e caminhando pela fé na vitória da Cruz. Ore por nossos irmãos na China e também pela Coreia do Norte, pois acreditamos existirem cristãos ali que também resistem.

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